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Sustentabilidade em obras

Sustentabilidade em obras

Em meio ao cenário atual do nosso país, que tem se alarmado diante de tantas devastações e desastres ambientais, a palavra sustentabilidade tem sido uma cada vez mais utilizada pela população brasileira, porém com muitas aplicações inadequadas.

Mas afinal, o que é Sustentabilidade?

 

Se você pensa em sustentabilidade e não associa apenas questões relacionadas à preservação de um local com muitas plantas e animais, meus parabéns!

Na verdade, o termo “sustentabilidade” está atrelado ao conceito de desenvolvimento sustentável que foi introduzido pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento no ano de 1987:

“O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades”. 

Desta forma, quando nos referimos a um meio ambiente “sustentável”, o termo vai muito mais além do que áreas verdes e os seres vivos que nelas residem, pois em conjunto com a esfera ambiental, também temos as vertentes voltadas aos aspectos sociais e econômicos.

Desenvolvimento x Sustentabilidade em obras

 

Como já é de seu conhecimento, um desenvolvimento sustentável leva em consideração o suprimento das demandas da população de hoje, de forma que as próximas gerações não sejam afetadas e possam ter suas necessidades atendidas, e isso também envolve a produção de edifícios, sejam eles de caráter residencial, comercial, industrial ou institucional.

Você já parou para pensar nos impactos ambientais que uma obra pode causar? E não me refiro apenas a alteração do entorno escolhido para a construção do empreendimento e nem sobre o grande consumo de alguns insumos provenientes de recursos naturais, como a areia, a brita e a madeira.

A grande questão é que muitos projetos estão sendo concebidos com ênfase na viabilidade econômica, devido a necessidade de se reduzir cada vez mais os custos operacionais de execução; e na estética do produto, com estratégias focadas em fomentar a viabilidade comercial, sendo deixados de lado algumas questões que o usuário só vai perceber e sentir no bolso após começar a usufruir da edificação pronta.

Daí a necessidade de pensar e incluir estratégias sustentáveis para o setor construtivo. Ao contrário do que muitos pensam, aplicar parâmetros sustentáveis no ambiente construído é algo tangível, porém precisa ser trabalhado na fase de estudo do empreendimento e precisa envolver toda a equipe responsável pelo projeto.

Sustentabilidade na fase de concepção do projeto

 

Os aspectos sustentáveis de uma obra podem ser definidos através de um programa de necessidades, onde todas as demandas sobre o uso, a operação e a manutenção da edificação serão consideradas, incluindo além dos parâmetros técnicos, requisitos ecoeficientes e de desempenho para os diversos sistemas e ambientes projetados.

Abaixo foram relacionadas algumas orientações importantes que irão contribuir para que seu projeto e sua obra sejam direcionados de forma mais sustentável.

 

1º – Defina as características do público alvo e o perfil de consumo dos usuários

 

  • Pense na quantidade estimada de usuários para cada unidade projetada;
  • Faça um estudo sobre o tempo e o período de permanência desses usuários em cada dependência e nos espaços comuns, incluindo crianças, idosos, pessoas com deficiência física, entre outros públicos relevantes;
  • Levante o potencial consumo de energia elétrica, de acordo com as características do público alvo e da previsão do uso de equipamentos de forma individual ou coletiva.

2º – Analise o entorno e as condições climáticas da cidade

 

  • Avalie o entorno do empreendimento, identificando as orientações mais comprometidas pelo excesso ou falta de exposição à radiação solar, assim como o sentido dos ventos dominantes, visando a adoção de estratégias bioclimáticas mais favoráveis;

 

  • Faça uma pesquisa sobre as características climáticas da cidade e analise a possibilidade de serem executados sistemas de aquecimento de água ou de geração de energia através da captação da radiação solar;

Você pode até pensar, “mas isso vai aumentar o meu custo operacional e vai impactar nas vendas”, porém já tive clientes cujo orçamento não permitiu a instalação de um aquecedor solar do edifício, mas ele resolveu executar as tubulações de água quente, possibilitando uma instalação futura pelos próprios usuários.

  • Sempre que possível, contemple sistemas de captação de águas pluviais para reuso nas atividades de limpeza nas áreas comuns do prédio ou condomínio;

 

3º – Procure saber as características ecoeficientes dos materiais escolhidos

 

  • Verifique e cobre do seu fornecedor o cumprimento dos requisitos legais voltados ao meio ambiente;
  • Pesquise materiais que são convencionalmente utilizados em suas obras, mas que possuam características que irão favorecer estratégias sustentáveis para a edificação.

Por exemplo, em cidades com climas mais quentes, a aplicação de tintas com cores mais claras nas fachadas reduz a transmitância de radiação térmica para o interior do ambiente, contribuindo com um maior conforto para os usuários.

4º – Valorize os espaços com uso de vegetação

 

  • Procure prever espaços permeáveis nas áreas externas, mesmo que não haja exigência pelo código de obras do município;
  • Contemple a inclusão de vegetação nos passeios junto aos muros e áreas permeáveis, privilegiando a utilização de espécies vegetais nativas. O uso de trepadeiras, por exemplo, em paredões, muros de divisa e muros de arrimo, minimizam a reflexão do calor pelas superfícies desses elementos;
  • Trabalhe os recintos construídos de forma integrada com as áreas verdes existentes ou a serem criadas, independentemente do tamanho desses espaços. O emprego correto da vegetação melhora a qualidade de um ambiente e contribui para o bem-estar das pessoas.

5º – Inclua práticas sustentáveis nos manuais de uso, operação e manutenção

 

  • Pense em como a empresa construtora poderá contribuir com a aplicação de práticas sustentáveis, mesmo quando houverem ações que irão depender diretamente dos clientes.  A exemplo, se o seu projeto contempla a instalação de luminárias apenas nas áreas comuns do edifício, estabeleça políticas sobre o uso de lâmpadas mais eficientes do ponto de vista energético nos demais recintos e instrua seus clientes quanto à aquisição desses produtos;
  • Se preocupe em deixar todas as orientações necessárias as pessoas que vão usufruir do ambiente construído. Não adianta você pensar e aplicar estratégias sustentáveis que vão demandar continuidade por parte dos usuários, se os mesmos não forem instruídos sobre suas responsabilidades.

Sustentabilidade durante a execução da obra

 

Após as considerações na fase de estudo do projeto, é hora de analisar os quesitos de sustentabilidade que envolvem a execução da obra.

Apesar de ser um assunto abordado na Lei 12.305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e pela Resolução nº 307/2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente, pouquíssimas empresas hoje fazem a gestão dos resíduos gerados pelas atividades construtivas.

O consumo de água e de energia no canteiro de obras também são aspectos que também devem ser considerados, pois a demanda vai depender do sistema construtivo adotado pela direção e do uso consciente desses recursos pelo operacional.

1º – Planeje e pratique

 

Apenas elaborar o Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) não é o suficiente! É necessário que o planejamento e as ações definidas sejam de fato acompanhadas e implementadas.

É como elaborar um cronograma de obra, os prazos de execução podem ter sido definidos, mas se a equipe não for engajada para o cumprimento das metas estabelecidas haverá atraso na entrega, acarretando aumento no orçamento inicial.  

2º – Envolva sua equipe

 

Além das características do método executivo, a geração de resíduos, o consumo de água e energia num canteiro de obra estão diretamente relacionadas as ações do dia a dia que são conduzidas pela gestão administrativa.

Por isso, é importante a sensibilização dos funcionários do setor de produção. O momento destinado ao Diálogo de Diário de Segurança (DDS) sempre será oportuno para tratar de temas relacionados ao meio ambiente de trabalho.

Enfatizar constantemente sobre a importância de seguir os procedimentos de execução de serviços e sobre o uso consciente de água e energia durante o período de expediente, pode contribuir com a redução de retrabalhos e consequentemente com o desperdício de materiais. Através da redução dos custos fixos, há possibilidade de investimentos em programas de integração para os próprios colaboradores.

Outro fator que precisa ser melhor compreendido é que a segregação dos resíduos, vai muito mais além do que ter recipientes coloridos para a coleta seletiva e demanda a participação direta dos funcionários. Alguns resíduos orgânicos podem ser utilizados como adubo em uma horta implantada pelos próprios colaboradores no canteiro. Além de incentivar a reciclagem, os produtos da horta servem de complemento nutricional na marmita de cada funcionário.

Uma iniciativa mais comum na construção envolve a separação das “pontas” de ferragens e de cobre que são juntadas ao longo das etapas, para posterior venda aos estabelecimentos que trabalham com sucatas industriais para reciclagem.  O valor arrecadado geralmente é utilizado para patrocinar o famoso churrasco prometido a equipe, após o período de concretagem de uma laje e até mesmo em confraternizações de final de ano.

3º – Defina indicadores de sustentabilidade

 

Quando falamos em monitoramento de processos, logo vem a nossa mente uma lista de indicadores e metas. Dentro do setor da construção civil podemos relacionar as ferramentas mais utilizadas, mas infelizmente dificilmente vamos encontrar alguma medição de forma voluntária que evidencie a redução dos impactos ambientais.

Se você possui a certificação no Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), mensalmente precisa alimentar os indicadores voltadas à sustentabilidade dos canteiros de obras. Essa exigência veio com a publicação de uma nova versão do Regimento no ano de 2012, onde a definição de objetivos sustentáveis foi inserida como requisito obrigatório para obras voltadas ao escopo de edificações.

Apesar do acompanhamento imposto pelo Ministério das Cidades ser questionado e criticado pelas empresas certificadas, uma vez que os resultados pertinentes ao controle de geração de resíduos, consumo de água e energia por trabalhador ou pela área total construída, sofram variações conforme as etapas e as técnicas adotadas, o assunto serviu de start para novas reflexões e discussões.

4º – Tome a decisão correta

 

De forma gradativa o mercado tem se atentado às políticas de preservação do meio ambiente. O fato da maioria das construtoras não se preocuparem com as consequências da disponibilização de produtos deficientes no mercado, do ponto de vista ecológico, não as eximem de sua responsabilidade socioambiental.

Desta forma, cabe aos profissionais tomarem as decisões corretas. Como vimos, a sustentabilidade em obra pode ser iniciada com medidas que a princípio são consideradas simples, mas que podem trazer um ganho muito grande não apenas para os clientes, mas para a sociedade como um todo, incluindo as gerações futuras.

 

 

Fontes:

SILVA, Ennio Peres da Silva. Fontes renováveis de energia para o desenvolvimento sustentável. Disponível em: http://www.comciencia.br/dossies-1-72/reportagens/2004/12/15.shtml. Acesso em: fevereiro de 2019.

AsBEA, Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura. Guia sustentabilidade na arquitetura: Diretrizes de escopo para projetistas e contratantes / Grupo de Trabalho de Sustentabilidade AsBEA. São Paulo: Prata Design, 2012.

 

 

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